Escrito por Gonçalo Prudêncio
As redes sociais no início foram completamente libertadoras para mim. A viralidade era como um mecanismo publicitário grátis intrínseco ao seu funcionamento, e funcionava bem. Mas durou pouco tempo porque se percebeu que a publicidade poderia ser uma fonte de receita poderosa! Em Janeiro de 2022 estimou-se que havia 8.5 milhões de utilizadores de redes sociais em Portugal: 83.7% da população! A complexidade das redes aumentou e apareceu o algoritmo! É possível crescer nas redes sem publicidade, mas demora muito mais!
Há algum tempo que colegas me dizem que a Ghome devia fazer publicidade paga nas redes sociais ou no Google para não passar de uma marca independente a uma marca inexistente. Eu fui sempre contra! No final de 2021 aceitei que já não tinha mais argumentos para continuar a teimar e comecei a pensar sobre o tema. Queria perceber como é que a Ghome deveria fazer publicidade. Comecei por desligar a conta da Ghome no Facebook, e tornar o perfil no Instagram privado. Fazer isto foi confuso para as mesmas pessoas que me alertaram para a importância da publicidade, mas para mim foi tão libertador como os primeiros tempos de redes sociais.
Passaram-se meses até chegar a uma conclusão. Engonhei um bocado, tive algumas ideias mas desisti de todas! Até que em Outubro deste ano se fez luz 🙂 Pagar por publicidade é como pagar por um produto: pagar = apoiar! Este era o esclarecimento que faltava! Muito do que a Ghome é assenta neste princípio, e faz sentido que este seja o princípio orientador da publicidade paga da Ghome. Daqui até chegar à conclusão que apoiar o Público faz mais sentido do que apoiar a Meta ou a Google, foi rápido. Eu apoio o Público há alguns anos porque assino o jornal online. Juntar a este apoio um negócio meu que precisa de fazer publicidade, é uma forma de reforçar a confiança no trabalho que eles fazem. Quando contactei o Público falei primeiro com a Erica e depois com a Rita que foram incríveis em guiar-me por todo o processo sempre com conselhos e sugestões impecáveis. No processo descobri que a Rita já morou em Sintra, e que temos amigos em comum! Isto bate qualquer rede social!