Escrito por: Gonçalo Prudêncio
O vidro é um material incrível. Os reflexos são altamente, e a transparência do objecto final é de certa forma mágica porque tudo começa com areia. O processo de soprar vidro manualmente tem também um lado mágico, que é dado pela capacidade e experiência únicas de cada trabalhador para chegar ao resultado pretendido, e fazer uma data de peças todas praticamente iguais. Mas tem outro lado muito pouco “glamouroso”: trabalha-se junto a uma forja a escaldar, com um material incandescente pendurado na ponta de um tubo de 2 metros que anda sempre a girar no ar e passam-se 8 horas a soprar lá para dentro num ambiente com uma barulheira incrível! A temperatura da forja não pode baixar nunca, para que o vidro incandescente que lá está dentro não solidifique e obrigue a uma limpeza chata. Os custos de energia de uma fábrica de vidro são por isso brutais, e o trabalho tem de ser feito de dia e de noite 7 dias por semana sem parar nunca. Para os dias de hoje isto é tudo muito pouco sexy e as fábricas de vidro soprado manualmente que já existiram na Marina Grande foram fechando. Hoje sobra apenas uma – a IFAVIDRO. É de lá que vem o Mushvase. Respect!