A Ghome não vai a Milão

É difícil aferir com rigor o impacto do aumento contínuo da população mundial. Contudo, é consensual que o impacto é real e não será muito positivo. O que não consegue gerar consenso são as causas desse impacto e as soluções disponíveis para o mitigar. Há no entanto um ponto que não oferece grande margem para dúvidas: a população mundial já chegou aos 7.5 biliões, estima-se que chegue aos 10 biliões em 2055, e isto põe uma pressão enorme no Planeta onde o espaço e os recursos disponíveis são finitos. A juntar a isto, temos ainda o facto de que a maioria da população mundial vive em cidades, com hábitos de vida semelhantes independentemente da zona geográfica. Num cenário destes, é (relativamente) fácil concluir que as consequências de acções individuais não são pessoais, dificilmente serão locais, mas são seguramente globais.

Na Ghome escolhemos não olhar para o lado para não ver. Com isto não queremos voluntariamente dificultar a nossa vida, mas acima de tudo não queremos alimentar uma ilusão. Sabemos que a nossa vida depende de um conjunto de produtos com impacto no Planeta. Não há como contornar isto por enquanto. O negócio da Ghome é fabricar e vender alguns desses produtos, e para nós esta é uma posição de responsabilidade que levamos muito a sério. Esta postura informa todo o processo interno de desenvolvimento de produto mas não só. Enquanto marca, a Ghome é também activa no apoio a iniciativas que possam inspirar políticas para a criação de alternativas de fabrico, venda e distribuição, orientadas a novas formas de consumo mais responsáveis.

A Ghome escolheu não operar no mercado do retalho, e assume o esforço adicional de tentar vender os seus produtos directamente. Apesar de algumas solicitações a Ghome optou por não participar no evento isaloni –  Feira Internacional de Mobiliário, que está a decorrer neste momento em Milão. O evento isaloni é o maior evento mundial no segmento do mobiliário e acessórios para a casa. É muito divertido visitar Milão nesta altura, e recomendamos uma visita pelo menos uma vez. Mas o modelo de negócio na base deste evento, actualmente, é no mínimo questionável. Para uma marca de mobiliário acabada de lançar a decisão de não participar é difícil. Para muitos, um tiro no pé. Mas nada muda, quando tudo fica igual, certo?? Decisões difíceis como esta estimulam na mesma medida que vulnerabilizam, e o vosso apoio é muito importante. Não só quando consideram a Ghome como alternativa para as vossas casas, e quando falam da Ghome aos vossos amigos, mas também em todas as pequenas decisões do vosso dia-à-dia que nos vão unir no alcance do mesmo objectivo.

Estamos juntos!

Ghome